terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sinto tanto!


Mesmo sabendo das coisas, mesmo sabendo que um “caso ao acaso” nunca vai deixar de ser apenas um caso...
mesmo sabendo que vidas paralelas jamais se encontram, nem mesmo no infinito... mesmo sabendo que a capacidade de amar está diretamente relacionada com a capacidade de receber amor... mesmo sabendo o quanto dói uma rejeição... mesmo procurando algo que aquiete o pulsar irritante do coração...mesmo sabendo isso e muito mais... ainda não entendo porque faço as minhas armadilhas, marco exatamente onde elas estão... e me atiro nelas com uma vontade esfomeada.

E quando penso que construí toda a falsidade porque quis, quando penso que não precisava deixar isso acontecer, quando penso que, se me conheço, sei que vou sofrer, quando penso que sou forte e vou em frente... mesmo assim me sinto rasgada. Rasgada por fragmentos, rasgada por sinais quase invisíveis, rasgada por ventos repentinos, rasgada por chuvas de verão... rasgada intensamente por coisas futeis, banais, inconsequentes, irrelevantes.

E quando tudo isso acontece, vejo o quão sou ridícula. Extremamente ridícula. Totalmente ridícula. Porque me importo com o desimportante. Porque me magôo como o inexistente. Porque sofro pelo cotidiano. Porque choro pelo vácuo.

Ridícula.


Montagens

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