sábado, 31 de julho de 2010



Apagou a luz.
Não lhe deixaria ver no rosto
a marca do prazer que sentia.
Fingia que não queria,
mas no fundo,
fingia porque mentia.
Queria tanto aquele amor,
que quando ele chegou,
embrulhou pra presente
e colocou na mesa de cabeceira.
Olhava todas noites com admiração.
Só.



As vezes, sou ave e aceito migalhas.
Outras,sou tigre e roubo tudo o que posso.






Nas luas crescentes
tornava-se
uma gata moribunda vagabunda,
ao menor sinal de vento
recuperava-se
e saía a buscar vida
nos telhados alheios




Ficava na janela,olhando transeuntes.
E eles contavam historias que tornavam seu mundo tão mais rico,
que ela já preferia a vida deles à sua.