sábado, 11 de setembro de 2010

Meu senhor!

Fotos

Agora, meu senhor, tem horas.
Sem tempero nenhum.
Agora, meu senhor, sou um relógio mecânico.
Que só marca quando dão corda.
Porque, alem de tudo, meu senhor, eu sou antiga.
Não sou digital.
Não brilho no escuro.
Agora, meu senhor, eu sou analógica – mas analógica enquanto o “a” for de negação.
Não sou mais lógica.
Agora, meu senhor, eu to no escuro.
E vou ficar aqui no escuro.
Porque, meu senhor, não foi só ele que foi.
O que foi junto é o que mantem a humanidade miserável de pé: esperança.



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