sábado, 19 de fevereiro de 2011

depois da briga feia,
comprei um diapasão.
queria afinar de novo
meu coração com teu coração.



ponto de interrogação.

  • será que todas as pessoas escolhem uma montanha russa para viver ou apenas eu me aventurei - e me sinto sozinha subindo e descendo, subindo e descendo, vendo o horizonte puro e o chão duro????????

  • será que ser feliz é sincronicidade de fatos, nos quais não podemos interferir, ou é construção, feita pela gente, tangenciada pela mão?

  • será que existe algum sentimento absolutamente inédito para o ser humano que, quando desvelado será a salvação do homem e do mundo?
 
  • será que esse mundo não é um fardo muito grande para mim transitar? ou eu sou o fardo tão grande, que ele não sabe me carregar?

  • será que esse mundo que treina crianças pequenas para competir vai demorar muito para falir?


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

não me dirija mais a palavra,
ela falou no celular.
esqueceu que palavra não tem carteira de motorista,
não sabe dirigir
atropela todos que estão em volta.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

INVENTARIO DE FEVEREIRO



Percorro faz horas meu espaço. Não consigo achar esperança, preciso carregar comigo! Também a fé, sumiu! Esconderam-se de mim. Mas solidão, essa encontrei em abundancia, quis encaixotá-la, mas ele se recusou. Continua solta. Lembranças, essas sim, aprisionei. Numa caixa bem grande. Ali vão ficar, até que eu me disponha e revê-las. Saudade, essa não me larga! Fala no meu ouvido, fala, fala, fala, me deixa zonza! Quero empacotar, mas ela se amarrou com uma fita cor de rosa no meu corpo. Não tem jeito. Amor, eu sei onde ele se escondeu. Ta longe, ta em Minas. Não posso levar comigo, só posso avisar que vou mudar, se ele quiser me encontrar...Medo! Cada gaveta que abro, ele pula e me assusta. Já tentei leva-lo para a caixa das doações. Ele não pára,  empurram-no  pra fora, ele salta, parece pipoca. E pipoca doce, que não resisto a um doce e volta e meia mastigo uma. Ele sabe dessa minha conivência... e abusa.
De certeza, levarei comigo eu mesma. Meus tigres. Meus livros. Os espelhos malvados, to querendo deixar todos prá trás. E o que mais vai doer...os morros que enxergo, quando anoitece e amanhece...esses ficarão. Tomara que o próximo cuide tão bem deles quanto eu me esforcei pra fazer.
Enfim, deixo também gravado nas paredes ecos de amores que passaram. Portas que esconderam a paixão desenfreada. Persianas que esconderam olhares  profanos...
E vou. 


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Vem comigo? Mudar. 

De endereço. De vida.  De nome.  De lugar.

Onde ir? Que vida viver? Que nome usar? Onde parar?

Se for, será que consigo chegar? Vou saber escolher   

e a hora certa achar?
 
E a vida vai melhorar? Ou apenas trocar o bem estar?

Nome?  Meu bem. Querida ou meu amor. Eu aceito qual for.

E o lugar, um canto perfeito para calar. E deixar o corpo falar.  

Em dia de chuva, a chuva espiar.

Em dia de sol, no quarto ficar. 

Inverno, manchas de vinho no ninho!

Verão na plenitude do luar, se entregar ao amar.

Psiu!
Sabendo que amar e odiar as vezes moram no mesmo andar.

Mudar... canso só de pensar. Mas canso ainda mais  de ficar

Te preciso, vem me incentivar?