domingo, 29 de maio de 2011

Sábado é dia de cor, de movimento.
É dia de declarar sentimento.
É dia de comprometimento.
Nunca deveria ser cinzento!
Nem haver no coração
unzinho que fosse
lamento.
Mas meu sábado está assim,
num abandono
sem dono
sem fogo
sem jogo
puro malogro.

Será que eu deveria...
dançar nua?
pular na rua?
ou simplesmente...
olhar a lua?

nada disso me conforta,
nada disso me importa.
Acho que vou
simplesmente
usar uma chave torta,
e me encerrar feito morta.
E hoje, agora, de noite,
vou colocar um cartaz na porta:

"NÃO entre sem bater."
E se bater, não vou atender.






imagem: pauloodiferente.blogspot.com 


quarta-feira, 25 de maio de 2011

e quando ja tinha se passado bastante tempo,
nada mais acontecia
nada mais era noticia
nada mais trazia alegria
esperou que o tempo parasse
e não aconteceu,
o tempo não obedeceu,
o tempo continuou.
sem saber o que fazer,
temendo ainda o sofrer,
saiu andando sem rumo.
Já era um novo alvorecer,
ela pensou em crescer.
Mas, cansada de tudo,
preferiu morrer.
Se deixou levar,
até alcançar um mar.
E continuou
e continuou,
até que o sol apagou.
até que o tempo parou.


será que somente eu canso de ser gente?

será que somente eu canso de ter um corpo?

será que somente eu canso de ter emoções?

será que somente eu canso de ouvir meu coração bater?

será que somente eu canso das coisas, das atitudes, das incongruencias?

será que somente eu vou brigar com tudo e todos?

será que somente eu vou cair no despenhadeiro?

será que somente eu tenho um torturador sarcastico dentro de mim?

ou será que isto é o que chamam

ser humano?

procurei o perfumista mais famoso
da atualidade.
queria vender minha essencia,
ver em qual frasco seria colocada,
que cheiro teria,
se sobreviveria a modismos,
em que cor se diluiria...
o perfumista não aceitou.
disse que ela perdera o viço.
- sim, eu sei, respondi.
achei que era da seara dos homens que
fazem aromas magnificos
transformar o apagado
em notas vibrantes.
-não, ele disse.
depois da chama apagada
somente um novo incendio
recria o esplendor.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eu,
pessoa civilizada,
maior de idade,
vacinada,
moradora do mundo, habitante da terra,
declaro
perante todos voces:
amo-o.
Civilizadamente,
atemporalmente,integralmente,
mudanamente,
mas com os pés firmes no chão.
Preciso assinar?
Não.
Esta é minha
mais alta e profunda
declaração.

quarta-feira, 18 de maio de 2011


Entre as perdas sentidas,
qual a menos dolorida?
Ser esquecida,
ser diminuida,
Ou ver, do homem que ama, a partida?

terça-feira, 17 de maio de 2011

porque existe amor inutil?
ou nenhum amor é assim?
que brinca com o viver,
que não serve pra nada,
alem de fazer chorar
o coração da mulher?

e pode ser chamado amor?
 o que dói e faz sofrer?
ou tem outro nome
que eu não sei dizer?


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Enfim,

de mulher ardente,

to virando moça decente!

Onde está meu amor incandescente?

Quero ser incoerente,

te fazer impaciente,

te amar de forma quente,

te tornar inconsequente!

E perigosamente,

enlouquecer docemente!!!

Porque separam a gente?


 

domingo, 8 de maio de 2011

E quando chegar a meia noite
me tornarei noite inteira
no inteiro dia
da primeira agonia.



Vou buscar o sol,
mas só no outro dia
porque
no inteiro dia
da primeira agonia
vou  perguntar
amor? havia, gle, havia.

Vou buscar a luz,
mas só no outro dia
porque
no inteiro dia
da primeira agonia
vou tentar não sofrer
como antes sofria.

Vou buscar a paz
mas só no outro dia
porque
no inteiro dia
da primeira agonia
vou tentar lembrar
daquele rosto
tao lindo! que sorria!

No outro dia
depois do dia
da primeira agonia
vou renascer - e prá sempre
buscar uma nova melodia!





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saber amar?

És tu o meu mais perfeito
amor imperfeito,
e não acho isso um defeito,
-no meu conceito
tu é um sujeito
que tem bom preceito,
que vive sem preconceito,
que me enxerga direito,
sem ilusão a meu respeito.

Mesmo porque perfeição
só existe na ilusão
num ideal de visão!

Amo um amor bem cigano,
cheio de erro e engano,
e isso é apenas humano!!!

Amo teu ser com ardor,
quero teu ser sem temor,
serei sempre tua,
meu homem acolhedor.


sábado, 7 de maio de 2011

Lá.



Pegar é tocar, é grudar, é colar,
onde será que tu está?
Lá.
Queria ouvir "eu te amo",
onde tu gritará?
Lá.
Queria ter teu abraço,
onde tu abraçará?
Lá.
Queria ver o teu olhar,
onde tu vai enxergar?
Lá.



Queria eu ir pra La...
Deve ser  tão lindo,
pois tua luz ilumina o lugar!



Memoria seletiva
ou ausencia física
ou imaginação fértil
ou sonhos utopicos.

Coloque esses ingredientes
num coração carente,
e terás o amor perfeito.
Feito de sonho,
imagem e poesia,
mas que jamais, nunca, "never"
viveria um dia a dia.

Deixe ferver na paciencia,
iluda com veemencia,
brinque com a coerencia,
e terás um amor com subserviencia.

Por fim, sirva no coração.
Atente, é uma paixão!
Queimada no fogão,
mexida na escuridão
rotulada de ilusão.

bem feito, cabeçuda,
caiu no chão.


 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

sentada, escrevendo, pensando,
sonhando com uma ilusão de amor,
percebi:
existe sim crime de sedução...
principalmente
contra mulheres mal amadas, mulheres cansadas,
mulheres dominadas...
Também são seduzidas,
ficam sem defesas e se tornam presas
as mulheres carentes,
as impacientes, as mulheres quentes!
Senhor, por favor,
prisão. De fiança,
exijo de volta meu coração.


domingo, 1 de maio de 2011

Confissão de culpa, mea culpa:
Nesta vida, ser auto didata não me adiantou nada.
Sou incompetente para aprender sozinha
o que muitos fazem em conjunto.
Quero um professor!

 

E quando tudo se perder,
e quando o amor perecer,
e quando a saudade doer,
e quando a indiferença bater,
olhe, fale, sinta,
o astro vai rebater!



Era eu quem nada sabia,
era eu quem nunca sorria,
era eu quem sempre sofria,
era eu quem nunca morria...
E tudo era mais seguro assim.




Cansei de perder o jogo.
Mas o fato é que não consigo sequer saber as regras,
então como competir?
E ganhar? Empatar talvez?
E quem dá as cartas? Onde estão estas regras?
Como vou saber quando mudo a mão? Ou insisto na aposta?
Preciso da clareza que não tenho, nem sei onde buscar.
Basicamente, queria uma prova concreta de amor.
Hoje.
Agora.
Já.
Minha fé na humanidade está se esvaindo...
esvaindo...
vaindo...
indo..
As palavras não expressam
a dor que mais me doeu!
Ver em toda aquela gente
o desalinho, a falta de carinho!
O amor, minha gente, morreu?


Parece que não percebem,
que vivem sem harmonia,
que vivem na ventania
que vivem na tempestade
e que o sol ja se escondeu.

E se todos vivessem na paz,
respeitando o que passou,
vivendo o presente, o agora,
aprendendo com o que acabou?

Estou toda perdida,
porque a errada era eu!
Em que momento da vida
aprendi - ou sera
que vivo num completo breu?